Bases de atuação profissional
Franci Gomes Cardoso Professora Participante do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA Josefa Batista Lopes Professora do Departamento de Serviço Social da UFMA
O trabalho do assistente social nas organizações da classe trabalhadora
1 Introdução Pensar e produzir um texto sobre o tema “O trabalho do assistente social nas organizações da classe trabalhadora”, proposto pelas maiores e mais dinâmicas organizações da categoria profissional dos assistentes sociais no Brasil – CFESS e ABEPSS –, é bastante desafiador. Primeiro porque instiga a uma abordagem da recente polêmica em torno do trabalho do assistente social levantada e travada, no final da década de 90 do século XX, entre um grupo de estudiosos expressivos do Serviço Social. É uma polêmica importante que não pode deixar de ser registrada e que caberia ser tratada como uma preliminar para o texto, mas que não trataremos, na medida em que o fundamental aqui é pensar os processos concretos do trabalho do assistente social nas organizações da classe trabalhadora. São processos complexos que podem ocorrer a partir de duas referências institucionais distintas: a primeira diz respeito ao trabalho profissional do assistente social realizado nas instituições de organização autônoma da classe trabalhadora, como empregadora desses profissionais; e a segunda refere-se ao trabalho que o assistente social desenvolve junto a essas instituições e no movimento de organização da classe trabalhadora, a partir de outras instituições da prática profissional. No esforço de resgate desses processos é importante buscar as determinações históricas que orientaram o trabalho dos assistentes sociais nas organizações da classe trabalhadora no Brasil para, em seguida, identificar e analisar as tendências no país hoje. Dar conta desses eixos temáticos é, certamente, o maior e o mais importante desafio da reflexão a ser desenvolvida neste texto,