Base para implantação do serviço socail
“A questão social, seu aparecimento, diz respeito diretamente a generalização do trabalho livre numa sociedade em que a escravidão marca profundamente seu passado recente. Trabalho livre que se generaliza em circunstâncias históricas nas quais a separação entre os homens e meios de produção se dá em grande medida fora dos limites da formação econômico-social brasileira. Sem que tenha realizado em seu interior a acumulação (primitiva) que lhe dá origem, características que marcará profundamente seus desdobramentos.” (p.133)
“Para os objetivos deste item se saltará o longo processo de transição por intermédio do qual se forma um mercado de trabalho em moldes capitalistas.” (p.133)
“A manutenção e reprodução, por meio do salário, estão a cargo do próprio operário e de sua família. Este tem diante de si, como proprietário, não um senhor em particular, mas uma classe de capitalista, à qual vende sua força de trabalho.” (p.134)
“... a luta defensiva que o operário desenvolve aparecerá, em determinado momento, para o restante da sociedade burguesa, como uma ameaça a seus mais sagrados valores, “a moral, a religião e a ordem pública”. Impõe – se, a partir daí, a necessidade do controle social as exploração da força de trabalho.” (p.134)
“Em torno da “questão social” são obrigadas a posicionarem-se as diversas classes e frações de classe dominantes, subordinadas ou aliadas, o Estado e a Igreja.” (p.134)
“As Leis Sociais surgem em conjunturas históricas determinadas, que, a partir do aprofundamento do capitalismo na formação econômico-social, marcam o deslocamento da “questão social” de um segundo plano da história social para, progressivamente, colocá-lá no centro das contradições que atravessaram a sociedade.” (p.135)