Baschet

Térôme

Baschet

A crvrr-rz A Ç A O

FEUDAL

Do ano mil à colonizaçãoda América

tradução:
Marcelo Rede
P r o f e s s o rd o D e p a r t a m e nto de HistóÌia da Úniversidade

FederaÌ

Fluminense

prefácio:
Jacques Le Goff

2" reim.pressão

INTRODUÇÃO

Pon

QUE

SE INTERESSAR

pEr-,q EuRopA MEDrEvar_?

A IDADENIÉDÌATENÍNlÁRìr.pÌl fAÇ1io.Talvez,mais do que qualquer outro peío do histórico: miÌ anos de história da Europa OcidentaÌ, entre os sécuÌosV e xV, entreguesàs idéiaspreconcebidase a um menosprezoinextirpável,cuja função é, sem dúvida, perrritir que as épocasuÌterioresËorjema convicçãode sua pró_ pria modernidade e de sua capacidadeem encarnar os vaÌores cìa civiÌização.
A obstinaçãodos historiadoresem desafiaros Ìugares-comunsnão fez nada con_ tra isso, ou muito pouco. A opinião comum continua sendo associara ]dade
Média às idéias de barbárie, de obscurantismoe de intoÌerância,de regressão econômicae de desorganização poÌítica.Os usosjornalísticose da mícÌiaconfirmam esse movimento, fazendo apelo regularmenteaos epítetos ,,medieval,,, ou mesmo "medievalesco",quando se trata de qualificar uma crise poÌítica, um decÌínio dos valoresou um Ìetorno do integraÌismoreÌigioso.

A construção da ìdéìa de Idade Média
É verdadeque a imagem da Idade Média é ambígua.Na Europa, pelo menos, os casteÌosfbrtificados atraem a simpatia dos aìunos e os cavaleiroscla ll'ávoÌa
Redondatêm ainda alguns adeptos,enquanto a organizaçãode torneioscavaÌei_ rescosou de festasrredievaisparece ser um eÍìcâzargumcnto turístico,iÌ.ìclLÌsive nos Estados Uniclos. Crianças e aduÌtos visÌtam as catedraisgóticas e são impressionadospeÌa audáciatécnica de seus construtores;os mais esprlruosos impregnam-secom deÌeiteda purezamística dos monastériosromânicos.O cará_ ter bizarro das crençase dos costumesmedievaisexcita os amadoresdo fbÌclo re; a paúão pelas raízes,exacerbadapeÌa perda generaÌizadadc referências,

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