Baruch Spinoza
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Filosofia
Baruch Spinoza
Baruch ou Benedictus de Spinoza nasceu no dia 24 de novembro de 1632, na cidade de Amsterdã, na Holanda. Ele foi gerado no âmbito de uma família de judeus, de origem portuguesa. Seus familiares vinham há algum tempo fugindo das garras da Inquisição. Ele era filho de um rico comerciante. Posteriormente viria a se tornar um dos maiores pensadores racionalistas do século XVII, no interior da Filosofia Moderna.
Pesquisador atento dos textos bíblicos, do Talmude – texto fundamental dos rabinos – e de obras essenciais da cultura hebraica, Spinoza investigava igualmente os escritos de grandes filósofos ocidentais, como Sócrates, Platão, Aristóteles entre outros. Ele lançou, em 1663, o livro Princípios da Filosofia de Descartes, endereçado particularmente a um jovem adepto de seu pensamento. No contexto da sociedade holandesa imperava a intolerância, ameaçando as relações com a alteridade. Assim sendo, o filósofo protelou a publicação de seu clássico “Ética”, lançando o Tratado Teológico-Político sem assumir publicamente sua autoria, em 1670. Durante algum tempo, de 1654 a 1656, ele trabalhou à frente dos negócios familiares. Neste ano, porém, ele foi excomungado na Sinagoga Portuguesa de Amsterdã, sob a alegação de ter cometido heresia. Spinoza acreditava que Deus era a engrenagem que movia o Universo, e que os textos bíblicos nada mais eram que símbolos, os quais dispensam qualquer abordagem racional. De acordo com sua visão, os textos aí contidos não traduzem a realidade que envolve o Criador e sua criação. Na esfera da sociedade protestante que dominava esta região não havia espaço para um pensamento considerado herético, portanto os líderes judeus, recebidos com clemência por estes religiosos, não podiam tolerar uma atitude que investia contra os próprios alicerces do Cristianismo. Depois da excomunhão,