Barroco
Panorama Histórico.
Além da ascensão do Absolutismo e do Mercantilismo, que vinham se fortalecendo nos períodos anteriores, o século XVII assistiu ao renascimento da Igreja Católica, que havia perdido muitos adeptos no século XVI, com a Reforma Protestante. A Contra-Reforma, como ficou conhecida, propunha a volta da visão teocêntrica do mundo, com uma crença restrita a Deus. O apogeu dessa reação foi criada da Companhia de Jesus por Inácio de Loyola, que tinha como objetivo principal a educação dos jovens burgueses e a catequização dos “primitivos” habitantes dos territórios conquistados. A repressão a qualquer tipo de oposição a estes novos ideais foi fortalecida pelo Concílio de Trento, que impôs a Santa Inquisição, controlando e censurando as manifestações artísticas, científicas e filosóficas.
Portugal passou por um período de isolamento cultural após o desaparecimento do rei D. Sebastião na batalha de Alcácer- Quibir, em 1580 e com o domínio dos espanhóis. Além disso, nessa época, Portugal atravessa uma séria crise econômica. O comércio com as especiarias orientais decai e a economia portuguesa declina, uma vez que os lusos não contam com as riquezas das colônias conquistadas. A produção cultural só veio a se estabelecer novamente por volta de 1640.
Características do Movimento
Apesar da intensa campanha da Igreja para que as pessoas se dedicassem exclusivamente a religião, as modificações ocorridas no Renascimento haviam deixado marcas profundas no pensamento humano. O homem havia ampliado sua visão de mundo, descoberto um novo modo de viver e principalmente, tomado conhecimento do seu poder em dominar os fenômenos da natureza, não cabendo mais apenas a Deus a decisão de seu destino. Assim a principal característica do barroco será a dualidade o autor demonstra o desejo de entregar-se a carne e, ao mesmo tempo e ao mesmo tempo, a culpa por fazê-lo; procura explicações na ciência, mas teme o julgamento de Deus.
Diante disso as obras estarão