Barroco

PARIS

Paris medieval, já era uma das cidades européias mais importantes. Era composta de três partes, que eram cercadas pelos muros de Carlos V, construídos em 1370:
-a cité, na ilha onde foi fundada a primeira aldeia gaulesa;
-a université, na margem esquerda, onde em 1210 Abelardo e seus colegas fundam a célebre universidade;
- a ville na margem direita, onde residem as corporações comerciais e o governo municipal.
Os reis da França, que na Renascença residiam nas cidades do Loire, passam a se estabelecer em Paris a partir de 1528. No século XVI, Paris se desenvolve ainda mais e ultrapassa os muros, chegando a 200.000 ou 300.000 habitantes; mas as guerras religiosas e o sítio de Henrique IV (1589 – 1594) danificam gravemente a cidade. O novo rei conquista uma cidade arruinada e despovoada. Nos quinze anos seguintes, até sua morte em 1610, Henrique IV inicia um programa de obras públicas organizadas por repartições especializadas. Grande parte destas obras estava concentrada em Paris, para acentuar a importância da capital.
Principais iniciativas do séc. XVII:
- ampliação dos muros de Carlos V, incluindo os novos subúrbios ocidentais;
- reorganização das ruas e das instalações (aqueduto e esgoto);
- abertura de novas praças: a Place Royale (fig. 01); a Place Dauphine (fig.02 e 03) a Pl ace de France (fig.04);
- a ampliação do Paço do Louvre;
- a construção de uma nova residência suburbana em Saint – Germain (fig. 05).
Depois de 1610 até a tomada do poder por Luís XIV (1661), a organização criada por Henrique IV continua funcionando. A cidade de Paris cresce rapidamente e na primeira metade do século chega a 400.000 habitantes. Luís XIII, Richeleu e Mazzarino estão empenhados em uma série de guerras e não dispõem de meios de desenvolver um programa contínuo de obras públicas. A iniciativa passa para especuladores particulares, que constroem bairros inteiros, na ilha de São Luís e na margem esquerda.

Fig. 01 Place Royale (acima) e Fig.