Barroco

Fatores que contribuíram para a bivalência do século XVII:
As dissidências religiosas na Europa e no interior dos próprios estados, pois a Reforma e a Contrarreforma provocaram lutas e perseguições, que destabilizaram a sociedade e a economia;
A afirmação dos estados soberanos, com a instauração do Absolutismo régio, a par do triunfo do Parlamentarismo.
Consequentemente, de um modo geral durante o século XVII, todos os monarcas tentaram governar dentro dos princípios absolutistas e usaram uma política de controlo interno e agressão externa, onde foram tomadas as seguintes medidas.
O desenvolvimento de práticas capitalistas, como o Mercantilismo;
A permanência da sociedade de ordens, onde o rei controlava toda a sociedade apoiado por um forte aparelho administrativo e pelo exército permanente;
A convivência de opostos, entre a liberdade e a proibição na produção cultural, artística, científica e técnica e na vida da corte versus misticismo.
Assim, o século XVII consolidou o Grande Século de Luís XIV, o rei/lei, paradigma para a política europeia do seu tempo e, em contraste, um tempo de crise marcado por guerras, fomes, epidemias e levantamentos populares.
Martinho Lutero foi um dos principais reformadores; segundo ele, o Homem salva-se pela fé, independentemente da vontade e atos humanos, e por isso não havia justificação para a venda das indulgências, mas havia necessidade de reestruturar a Igreja e instituir uma Reforma, que rapidamente ganhou adeptos e perante essa situação a Igreja Católica reformulou-se, a essa reformulação chamou-se Contrarreforma.
No século XVII também houve um tempo de revolução científica e de racionalismo. A astronomia, a física, a biologia e a química demarcaram-se da metafísica e do saber empírico e tornaram-se ciências autónomas. Foram inicialmente os filósofos que, combinando vários saberes antigos da matemática, da física e das ciências, e usando a razão, o experiencialismo e o conceito de conhecimento objetivo e metódico,