Barroco em Goiás
De acordo com Augusto Telles, as obras arquitetônicas e artísticas goianas merecem ser admiradas pelo excepcional caráter e força plástica. "Tanto nas construções civis como nas religiosas, a técnica de construção mais generalizada, de começo, foi a taipa de pilão. Simultaneamente, na grande maioria dos casos, e de forma particular na área goiana, usou-se uma ossatura de madeira dupla, interna e externamente. O aspecto geral das edificações era extremamente sóbrio, mesmo nas igrejas ou prédios de maiores dimensões e importância". (1)
O livro Arte no Brasil destaca outros detalhes: "a técnica de taipa de pilão sofreu adaptação com a introdução de estruturas suplementares de madeira, transformando, às vezes, a terra socada em mero veda de vãos estruturais. O que mais caracteriza a arquitetura goiana do século XVIII é o tratamento das janelas, guarnecidas de rótulas em balanço, protegidas do sol por gradeado elegantemente esculpido, e que não é encontrado em outras regiões.
Numerosas igrejas de pequena dimensão foram construídas na região. Eram de taipa de pilão, como a matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis, e decoradas com elementos de madeira. A maior parte das imagens das igrejas ou dos oratórios domésticos de Goiás eram encomendados em Portugal, em outras regiões do Brasil e em possessões espanholas da América.
Entretanto, sabe-se que na Capitania trabalharam santeiros, escultores e entalhadores, dos quais um apenas tem vida e obra conhecidas. Chamava-se José Joaquim da Veiga Vale, que embora nascido no século XIX, liga-se por seu estilo aos padrões setecentistas.
Mais de duzentas estatuetas de madeira pintada com aplicações de ouro, de concepção claramente barroca, são