Barreira Hematotesticular
- o basal: localizado entre as junções oclusivas das células de Sertoli e a membrana basal do tubo seminífero; compreende o espaço intersticial e os espaços ocupados pelas espermatogônias.
- o adluminal: acima das junções e em contato com a luz do tubo; este compartimento contém espermatócitos, espermátides e espermatozóides.
Uma das funções mais importantes das células de Sertoli é precisamente originar os compartimentos onde se formam microambientes indispensáveis a espermatogênese. A formação dessa barreira hematotesticular faz com que praticamente todos os produtos passem pelas células de Sertoli antes de chegar às células germinativas. Através desse mecanismo as células de Sertoli evitam que os antígenos produzidos na superfície das células germinativas mais maduras provoquem resposta auto-imune caso os mesmo sejam reconhecidos pelo sistema imune. Ou seja, a barreira hematotesticular impede interações entre os espermatozóides em desenvolvimento e o sistema imune, protegendo contra uma reação autoimune já que a diferenciação de espermatogônias leva ao aparecimento de proteínas esperma-específicas. Como a maturidade sexual ocorre muito tempo depois do desenvolvimento, células poderiam ser reconhecidas como estranhas durante a espermatogênese e poderiam provocar uma resposta imune que as destruiria. Sendo assim, a barreira previne a passagem de imunoglobulinas para o túbulo seminífero.
Bibliografia
Livro: Histologia Básica – Junqueira e Carneiro – Ed. 10 – Págs. 423; 424
Artigo: O significado biológico da célula de Sertoli na espermatogênese – Departamento de Biologia, Universidade de