Barra da tijuca
Rio de Janeiro 2011
BARRA DA TIJUCA
A ocupação da Barra e de Jacarepaguá começou em 1594, com a concessão de duas sesmarias pelo governador do Rio de Janeiro da época, Salvador Corrêa de Sá, a seus dois filhos, Martim de Sá e Gonçalo Corrêa de Sá. As terras de Gonçalo Corrêa de Sá foram legadas em testamento por sua filha, Victória Corrêa de Sá, ao Mosteiro de São Bento. Os monges tomaram posse da área em 1667 e fundaram várias fazendas, onde se dedicaram por mais de 200 anos à cultura de cana de açúcar, mandioca e criação de gado. A sesmaria de Martim de Sá ficou em poder de seus descendentes até 1694, quando foi vendida à família Serpa Pinto, que fundou ali a Fazenda da Restinga. Em 1920, esta passou ao controle de uma companhia ferroviária inglesa. Em 1938, o industrial Euvaldo Lodi fez o primeiro loteamento da Barra, ele também foi o responsável pela fundação do loteamento do Jardim Oceânico. No fim dos anos 60, com a abertura do túnel Dois Irmãos e do elevado do Joá, ligando a Zona Sul à Barra pela costa, deu o início para o projeto de urbanização idealizado pelo arquiteto Lúcio Costa. Esse plano tinha por objetivo controlar a expansão urbana e preservar a geografia do lugar, suas belezas naturais como as praias, as dunas, restingas e lagoas, já que era uma das últimas áreas disponíveis para onde a cidade poderia se expandir. O ponto central do plano era a construção de duas vias principais, a Avenida das Américas e a Avenida Alvorada (atualmente Avenida Ayrton Senna), que fariam a ligação de todo o bairro, e também limitava os gabaritos para construção dos prédios, dentre outros aspectos. Também definia os usos do espaço: residencial, comercial, lazer, preservação ambiental. As moradias se concentrariam em uni ou pluri-familiares, formando os já conhecidos condomínios fechados, que tentam reproduzir dentro deles um