Barcelos, uma capital efêmera.

INTRODUÇÃO.
Neste artigo que apresentarei para a conclusão do Curso de Licenciatura em História da instituição Uninorte – Laureate International Universities, procurarei: identificar os motivos e as circunstâncias que levaram as autoridades coloniais portuguesas a optarem pela transferência da capital da Capitania de São José do Rio Negro de Barcelos para o Lugar da Barra (Manaus); fazer um apanhado geral da rotina administrativa, do cotidiano da população; dos vários tipos sociais da então Capital e pesquisar o impacto da transferência da Capital para a região da nova capitania e para os seus habitantes. Para tanto utilizarei Decretos, Leis, Cartas Régias e outros documentos da época a serem estudados, como as cartas do primeiro Governador da Capitania de São José do Rio Negro,1 Joaquim de Mello e Póvoas, assim como outras obras como, por exemplo, a Viagem Filosófica2 e o livro de Arthur Reis sobre Lobo d´Almada.3
No século XIX surge na Europa uma nova concepção de história - a nouvelle histoire4 - associada à chamada École des Annales, agrupada em torno da Revista Annales: ecónomies, societés,civilisations.
"Os historiadores tradicionais pensavam na história como uma narrativa dos acontecimentos, já a nova história estava mais preocupada com a análise das estruturas.” 5
A nova história é o estudo da história através das soberanias. Estabelecesse uma história das formas de representação coletivas e das estruturas mentais das sociedades, cabendo ao historiador a análise e interpretação racional dos dados.
Serão analisados de uma forma global os fenômenos de longa duração, os grandes conjuntos coerentes na sua organização social e econômica e articulados por um sistema de representações de uma maneira homogênea.
A nova história também vai recorrer à antropologia histórica. Por sua definição abrangente do objeto da História, essa corrente também foi designada "História total", em contraste com as abordagens que privilegiam a política ou a "teoria do