Barack Obama e a nova situa o pol tica dos EUA
Os oito anos da era Bush terminaram da pior maneira possível para o imperialismo. Quando chegou a Casa Branca, Bush e seus assessores pensaram em fazer do século 21 o "século americano". Bush tinha como missão recuperar o já desprestigiado neoliberalismo, profundamente questionado em todo o mundo. No começo deste século, o movimento antiglobalização sacudia a Europa e os EUA. Posteriormente, este movimento foi capaz de organizar uma mobilização internacional contra a guerra do Iraque. Na América Latina, levantes e revoluções derrubaram governos que por anos aplicaram o neoliberalismo. Bush precisava responder aos levantes do movimento de massas e retornar à situação reacionária da década de 1990.
Os atentados de 11 de setembro de 2001 forneceram a desculpa ideal para o imperialismo implementar uma política agressiva de invasão militar. Sob a "doutrina de combate ao terrorismo", Bush promoveu as invasões contra o Afeganistão e o Iraque, causando um rastro de mortes e destruição. Mas o imperialismo não contava com a resistência do povo iraquiano, que derrotou os planos de rapina do petróleo do país e encurralou as tropas invasoras.
O governo Bush termina totalmente desprestigiado. Sua imagem é odiada em todo o mudo. Sua política causou uma ampla consciência antiimperialista. Seu legado provocou uma situação é crítica para o imperialismo que dificilmente será resolvida a curto prazo.
Para piorar, o último ano da administração Bush ainda viu a quebra do sistema financeiro dos Estados Unidos e o início de uma recessão econômica comparável apenas a Grande Depressão de 1929.
Um novo rosto para uma nova situação
A eleição de Barack Obama marca o início de uma nova situação política nos EUA. O primeiro presidente negro de um país cuja história é inegavelmente racista desperta ilusões e esperanças. Na campanha eleitoral norte-americana, Obama falou da "mudança", e ainda conseguiu imprimir no imaginário da população que