Banquete
Inicialmente havia a refeição e depois vinha uma segunda parte, a bebedeira. A passagem do jantar à bebedeira era acompanhada por preces e cânticos. Após isto, era fixado um programa, no qual era estabelecido se bebiam muito ou moderadamente, o assunto que seria tratado e aquele que fosse o autor da ideia, seria o responsável em seguir os procedimentos do programa e deveria ser o primeiro orador.
Sendo assim, já estaria estabelecida a ordem de cada um (orar), começando da direita para a esquerda a partir do orador. O dono da casa proporcionava aos seus visitantes alguns espéctaculos, como tocadores de flauta e até companhia de artistas.
Os banquetes ganharam um carácter completamente novo com Platão, que cria uma relação entre a escola filosófica e eles, fazendo com que haja uma sociabilidade entre mestres e alunos, o que não acontecia antes, quando essa prática servia para pontificar a verdadeira virtude masculina e a sua glorificação em palavras poéticas e cânticos.
Na obra “O Banquete” percebe-se o seguimento das regras da prática. Estão presentes, pessoas com várias culturas espirituais. Agatão (discipulo de Sócrates) é um poeta trágico de grande fama; Sócrates, filosofo e o mais respeitado entre os participantes; Aristófanes, o melhor comediógrafo da época, são exemplos que podem ser citados na obra.
A obra começa com Apolodoro que narra o relato de Aristodemo sobre o banquete que aconteceu na casa de Agatão, que tinha como convidados, Fedro, Pausânias, Erixímaco (o médico), Aristófanes, Agatão, Sócrates e Alcibíades. Neste diálogo não existe uma personagem central. Cada um deveria fazer um elogio ao Amor, ideia colocada por Fedro e por isso, ele