bankiva

Realmente não é simples.

A questão aqui não é só de arrecadação de impostos. Temos a questão da saúde pública e do mercado.

Mas mesmo em se tratando de arrecadação, não se engane: o pais está no caminho errado. O Brasil exportou até agora, nesse ano de 2012, US$ 800 milhões a menos que no mesmo período do ano passado. Logicamente o mercado interno estava aquecido e por isso as empresas locais não sentiram tanto o efeito na queda das exportações. Mas esse é um movimento de queda que irá durar muito tempo, pois o alto custo de produção e o baixo padrão tecnológico dos nossos veículos são apontados como maiores culpados por esse movimento. Além disso o mercado externo está mudando e países antes consumidores como China e Índia agora exportam automóveis também. A indústria automobilística nacional exportava em 2005 30% da sua produção, hoje apenas 13%, e se continuar como está vai perder os US$ 12 bilhões por ano que ainda lhe restam. Sinal de balança comercial desfavorável no futuro para esse mercado.

Além disso, as empresas que agora investem pesado nessas tecnologias, como você citou, o fazem lá fora. Isso porque no Brasil não existe um mercado de consumo, culpa dos "desincentivos" impostos pelo governo. Enquanto o veículo flex 1.0 mais "beberrão" paga seus 7% de IPI, um carro elétrico com a mais alta tecnologia paga 25% do mesmo imposto, independente de ser feito no Brasil ou não. Como esperar que as empresas locais venham a entrar no mercado para competir com os veículos a combustão? Já nos países mais avançados (desenvolvidos e todos do BRICS menos Brasil) o caminho da eletrificação veicular já começou.