banditismo

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
FACULDADE DE DIREITO
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA PÚBLICA

NITERÓI
OUTUBRO/2013

O CONCEITO DE BANDITISMO SOCIAL NA OBRA DE ERIC HOBSBAWM

Hobsbawm vai contra toda uma tradição historiográfica rompendo a ordem estabelecida que considera que como delinquente, criminoso, marginal, fora da lei, todo indivíduo que faz uso da luta armada como meio de enfrentamento contra o poder já estabelecido. Faz uma analise situando primeiramente na investigação histórica de movimentos sociais, que por ideologias e preconceitos sociais haviam sido destinados a ter o mesmo tratamento dos crimes comuns tornando-se assim meros arquivos policiais, fatos jornalisticos tendenciosos, lendas, quase folclore popular. Para Hobsbawm o banditismo social é mais primitiva das formas de protesto social organizado tornando-se assim em um fenômeno universal, onde o indivíduo oprimido ainda não possui ou alcançou consciência politica ou métodos mais eficazes de protesto social. Esta forma de agitação social surge de maneira endêmica e epidêmica especificamente em períodos de tensão, secas, escasses, fome e guerra, após ou no momento que acontecem estes fatos. Este suposto banditismo social mostra-se de maneira pré-politica ao oferecer resistência aos ricos ou a agressores/repressores estrangeiros, e as forças que de alguma maneira ou forma destroem a ordem tradicional, em condições muito violentas, provocando desta maneira muitas e importantes mudanças em um reduzido espaço de tempo. O banditismo social apresenta e representa uma forma de recusa individual ou até mesmo coletiva a essas novas forças de imposição de um poder que tem sua autoridade contestada ou não reconhecida totalmente pela sociedade que de alguma forma ajuda e protege o suposto “delinquente”. E é essa cooperação por parte da população que diferencia o bandido social do simples delinquente. Quando o banditismo social