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O álcool a 70% é considerado um desinfetante de nível intermediário, que pode ser empregado tanto para antisepsia de superfícies e instrumentos como também na pele.
A atividade antimicrobiana dos álcoois depende de sua concentração em relação à água, que deve ser de 70%, pois nessa concentração o álcool não desidrata a parede celular do microrganismo, podendo penetrar no seu interior, onde irá desnaturar proteínas. Tal efeito não ocorre quando se utiliza o álcool acima ou abaixo dessa concentração.
O álcool líquido a 98%, comumente encontrado nos supermercados, por apresentarem alta concentração e baixo ponto de ebulição fazem com que este produto evapore muito rápido, antes mesmo de sua ação bactericida. Nessa concentração, muitas vezes, pode até afetar o metabolismo das bactérias, mas deixando-as apenas em estado latente (ação bacteriostática).
O efeito do álcool a 70% é a desnaturação de proteínas e a dissolução de gorduras, o que possibilita a atividade antimicrobiana. Entretanto, ele não é efetivo na presença de matéria orgânica, pois esta funciona como uma barreira mecânica à ação do álcool sobre os microrganismos. Portanto, segundo a Resolução RDC 42/2010, o uso de preparação alcoólica não é indicado quando as mãos apresentarem sujidade visível. Nesse caso, é preciso fazer a higienização previamente com água e sabonete. Esta mesma resolução recomenda que a preparação alcoólica contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele. Por exemplo, a associação de glicerina a 2%, evita o ressecamento da pele e a rápida evaporação do álcool.