Banda De Percussão Liceu Cuiabano
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Banda de Percussão Liceu Cuiabano Bongôs, caixas (instrumentos musical) e tarol sustentavam o ritmo para o desfile dos entusiasmados estudantes que circulavam pelo 'Jardim' Alencastro em passos compassados ao som de batidas ritmadas no melhor estilo militar. Esse foi o perfil das bandas nas décadas de 20 à 60 em Cuiabá. Seguindo o modelo do exército, a intenção principal era massificação de conceitos como ordem e civismo. Para a estudante Natalina Ignês Antônio de Souza, ingressante no “primeiro ano ginasial do Colégio Estadual”, em 1966, a banda de percussão teve um significado superior a um mero conjunto de instrumentos musicais. “Fui inserida no pelotão das balizas para desenvolver uma atividade física, pois não conseguia correr”, revela. Na década de 70, a mostra de bandas de percussão estudantis ganha um perfil diferenciado. Os estudantes passam a a ter interesse em conhecer variados ritmos musicais e a escola começa a contratar professores mais envolvidos com a proposta, como instrutores dos quartéis. Assim, a então Escola Estadual de Mato Grosso contrata o instrutor José Albertinho da Silva, conhecido como “Mestre Albertinho”. A direção da escola, à época com Padre Firmo Pinto Duarte, investiu na proposta de modernizar a banda e coloca-la entre as referências da capital, como os grupos do Colégio São Gonçalo, Escola Barão de Melgaço e Escola Técnica Federal. Com mestre Albertinho e padre Firmo, o grupo ganhou novos instrumentos. Além do bôngo, caixa e tarol foram introduzidos a tuba, o bombardinho e o sax. Com esses Instrumentos eram trabalhados ritmos como valsa, ma-xixe e o rasqueado, sem deixar de lado o estilo religioso e militar. A banda de percussão sempre teve um espaço significativo na vida dos estudantes. “Sempre foi um motivo a mais para permanecer no espaço escolar”, acredita o funcionário público, ex-aluno e instrutor, Marco Antônio Araújo. Em 1976, a suspensão nas atividades, o grupo retoma