Bancos Centrais
“Bancos Centrais: Teoria e Prática”, de Alan S. Blinder
Em seu texto, extraído de uma palestra sobre o tema que dá título ao livro, Alan Blinder procura abordar de forma objetiva a teoria e a prática das atividades dos bancos centrais. Essa abordagem se dá em dois pontos: em primeiro lugar menciona seus pensamentos acerca da política monetária propriamente dita; em segundo lugar, procura se ater mais no comportamento dos bancos centrais do que no mecanismo de transmissão monetária.
Para tratar desta matéria de forma rápida o autor procurou dividir o assunto em três conferências: a primeira trata de uma variedade de complicações que um dirigente de banco central prático precisa confrontar na tentativa de implementar a abordagem clássica de metas e instrumentos, levantando duas questões a serem tratadas na segunda conferência: qual instrumento de políticas o banco central deveria usar? E deveria tentar usar políticas casuísticas, ao invés de se apoiar em uma regra única? Daí, na última conferência, dedica-se a aspectos positivos e normativos da independência dos bancos centrais.
Metas e Instrumentos: Os Rudimentos
Os formuladores de políticas monetárias (monetary policymakers) trabalham em cima de certos objetivos – como inflação baixa, estabilidade na produção, equilíbrio externo – e utilizam-se, para isso, de alguns instrumentos, tais como reservas bancárias e taxa de juros de curto prazo. A menos que tenha um único objetivo (fixação da taxa de juros, por exemplo), o banco central é obrigado a enfrentar vários trade-offs.
O autor inicia a discussão trazendo à tona o modelo macroeconômico de Tinbergen (1952) e Theil (1961), que ele próprio escreve na forma estrutural como:
( 1 )
e em forma reduzida como:
( 2 )
Onde, é o vetor de variáveis endógenas (algumas das quais, objetivos dos bancos centrais), é o vetor de instrumentos políticos e é o vetor de variáveis exógenas não‑políticas. O vetor é de