Banco Mundial e Políticas Públicas para Educação no Brasil: Educando Direito?
Faculdade de Direito – Niterói
Direito Público das Relações Internacionais
Banco Mundial e Políticas Públicas para Educação no Brasil: Educando Direito?
Niterói, 17 de dezembro de 2013.
“A educação das crianças, dos jovens e dos adultos tem uma importância muito grande na formação do homem novo e da mulher nova. Ela tem de ser uma educação nova também, que estamos procurando pôr em prática de acordo com as nossas possibilidades. Uma educação completamente diferente da educação colonial. (...) Uma educação que se fundamente na unidade entre prática e a teoria, entre o trabalho manual e o trabalho intelectual e que, por isso, incentive os educandos a pensar certo. Uma educação que não favoreça a mentira, as idéias falsas, a indisciplina. Uma educação política, tão política quanto qualquer outra educação, mas que não tenta passar por neutra. Ao proclamar que não é neutra, que a neutralidade é impossível, afirma que a sua política é a dos interesses do nosso Povo.” (FREIRE, PAULO. pág. 100/101)
PRIMEIRAS PALAVRAS
"eu ontem tive a impressão/que deus quis falar comigo/não lhe dei ouvidos//quem sou eu pra falar com deus?/ele que cuide dos seus assuntos/ eu cuido dos meus" (Leminski)
Crianças beneficiárias do Bolsa Família em escola na Vila Varjão, no Distrito Federal. Foto: Fernando Bizerra Jr./BG Press/Banco Mundial
É possível que Leminski tenha tido algum contato, direta ou indiretamente, com a hipótese impiíssima de Hugo Grotius (1597-1645) que questiona a autoria divina do direito humano, o que, no campo ideológico-prático, concretiza-se pela separação entre Estado e Igreja, pelo império do pensamento racionalista, ou seja, pela razão que existe.
No campo das relações humanas, intermediadas pelos interesses sócio-econômicos, podemos dizer que com os descobrimentos