Banco de sementes
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26.07.2004
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A fauna atua de forma crucial na manutenção e restauração dos ambientes naturais, principalmente nas florestas tropicais, onde cerca de 90% das espécies vegetais arbóreas têm suas flores polinizadas e suas sementes dispersas por animais (as florestas tropicais se destacam pelo grande número de espécies vegetais, muitas vezes superiores a 100 espécies arbóreas por hectare). Os principais polinizadores são as abelhas, vespas, mariposas, borboletas, besouros, morcegos e beija-flores. A dispersão das sementes está associada em muitos casos à interação com aves e mamíferos, ao que chamamos de zoocoria, e diversos levantamentos realizados em matas ciliares (matas adjacentes aos riachos, rios, lagos e nascentes), têm mostrado alta predominância de zoocoria destas espécies. Estas espécies de animais e vegetais se encontram organizadas, através de cadeias químicas alimentares, interagindo na polinização e dispersão.
A dispersão de sementes é um processo que consiste na separação das sementes da planta-mãe indo até um local apropriado para o seu estabelecimento, levadas pelo vento (anemocoria), pela água da chuva ou de um curso hídrico (hidrocoria), conduzidas por algum animal (zoocoria), ou simplesmente destacada da planta através da força da gravidade (autocoria). Estas sementes poderão permanecer no solo por um longo período, formando o chamado "banco de sementes". É o que acontece geralmente com as espécies “pioneiras”, que são as primeiras árvores a se reestabelecerem em um ambiente degradado ou numa abertura natural de clareira na floresta, ocasionada pela morte e queda de uma ou mais árvores. O choque térmico ocasionado pela variação da temperatura e a incidência de luz direta no solo, fará com que haja a “quebra da dormência” destas sementes, ou seja, que se iniciem as primeiras reações químicas fundamentais para o processo