Baltasar Sete-Sóis
- Trajeto de Baltasar – Estrada - Simbologia de 7 Sois e 7 Luas
Baltasar Mateus, de alcunha Sete-Sóis é, juntamente com Blimunda, um dos protagonistas do romance. A sua participação na Guerra da Sucessão salda-se pela perda da mão esquerda. É uma figura que encarna a critica à inutilidade da guerra já que se sacrificam homens em nome de interesses que lhe são alheios:
Pg36 “A tropa andava……”
Mandado embora do exército “por já não ter serventia nele”, vagueia, como pedinte, pelo reino até chegar a Lisboa onde conhece Blimunda, com quem partilhará a vida.
Participa entusiasticamente no sonho do padre Bartolomeu de Gusmão, a construção da passarola voadora. É Bartolomeu quem concebe o engenho mas é pelas mãos de Baltasar que ele nasce. O padre explica-lhe os fundamentos: “para que o objecto que criarão juntos lhe seja conhecido, nasça também com ele e de dentro dele, e não lhe seja imposto por um saber alheio”. É essa a diferença profunda entre o trabalho de construção da passarola e da construção do Convento.
Baltasar diviniza-se pela construção da passarola. O padre bartolomeu ajuda-o a ultrapassar a sua deficiência física quando o compara a Deus.
É um homem pragmático, simples e apaixonado por Blimunda. Quando faz algo gosta que fique tudo perfeito e está sempre disposto a ajudar, sendo bastante humilde e honesto.
Baltasar é conhecido por Sete Sóis, pois este apenas consegue ver à luz, ou seja só consegue ver o normal eo que é visível, ao contrário de Blimunda.
Blimunda:
Filha de Sebastiana Maria De Jesus, que é condenada pela inquisição ao degredo em Angola, acusada de ser visionária e Cristã-Nova, conhece Baltasar precisamente no dia da execução da sentença da mãe, aliás o romance destes dois começa e acaba entre dois autos de fé. Blimunda revela uma sabedoria e uma postura muito próprias que “a separam do seu mundo” como reconhece o Padre Bartolomeu: “voar é uma simples coisa comparando com