Balanço de pagamentos brasileiro
1994 até 2010
Carlos Eduardo Gomes
Eliane Cristina de Araújo Sbardellati
Resumo
O objetivo central desta pesquisa é analisar o Balanço de Pagamentos brasileiro, descrevendo a funcionalidade e evolução de suas principais contas desde o Plano Real. A pesquisa parte da revisão bibliográfica sobre BP e uma analise dos dados divulgados pelo
Banco Central. Os resultados preliminares sugerem que: com a adoção do Plano Real
(1994), cujo objetivo era eliminar a inflação, o país adotou o regime de câmbio fixo valorizado que trouxe sérias implicações ao BP. Neste período, algumas economias emergentes sofreram ataques especulativos e o Brasil, com suas altas taxas de juros, era uma boa alternativa para a aplicação de capitais. Porém, os déficits em conta corrente geraram insegurança entre os investidores e o real sofreu um ataque especulativo em 1999.
O câmbio fixo foi abandonado por falta de reservas internacionais e após seis anos de déficits, a depreciação cambial levou a balança comercial a registrar superávits. Em 2004 o real se apreciou e o superávit comercial cai segurado pelo preço das commodities. Os investimentos estrangeiros em carteira e o superávit comercial permitiram saldos positivos no BP e um crescimento das reservas internacionais.
Palavras-chave: Plano Real, balança comercial, câmbio, balanço de pagamentos, reservas internacionais. Revisão dos conceitos de Balanço de Pagamentos
De acordo com SIMONSEN (1985), o balanço de pagamentos é um importante registro relacionado à atividade econômica de um país entre residentes do mesmo com o resto do mundo. É utilizado para analisar o estado das finanças nacionais, ou seja, um instrumento importante de análise econômica, pois permite acompanhar a evolução do fluxo de recursos materiais e financeiros. Esses registros, os contábeis, são elaborados dentro dos princípios das partidas dobradas, ou seja, um crédito em determinada conta
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