Balancete de condominio
Se o síndico e os integrantes do conselho do condomínio não são contadores nem estão acostumados com os meandros da área financeira, o balancete pode se transformar num bicho de sete cabeças. Mas, com um pouco de atenção e critério é possível entender o balancete. Afinal, é muito importante que esse documento seja bem lido e interpretado por síndicos e conselheiros, já que ele demonstra toda a movimentação ocorrida com o dinheiro do condomínio.
Segundo Rosely Benevides de Oliveira Schwartz, administradora de empresas, contadora e professora de administração de condomínios na FMU, uma das grandes dificuldades em analisar um balancete de condomínio é que as administradoras não adotam um padrão definido. "O ideal é criar um plano de contas, sempre classificando ou agrupando cada despesa ou receita pelo mesmo nome", opina a profissional, completando que um balancete confuso, ao invés de ajudar o síndico a gerenciar, complica ainda mais o seu trabalho.
Além de contar com um balancete preparado pela administradora de maneira clara, é fundamental que síndico e conselho acompanhem mês a mês a evolução das contas. "Um balancete isolado não significa nada", constata Rosely. Para Antonio Alberto Del Carlo Romani, administrador de condomínios, em prédios em que o conselho é atuante dificilmente passarão erros. É fundamental, na opinião de Antonio, analisar se está correto o transporte dos valores do balancete anterior para o atual. "O balancete deve ser simples, porém com números amarrados. Um saldo devedor, por exemplo, não pode sumir de um mês para o outro sem justificativa", diz. Por isso, deve haver um olhar crítico, dos condôminos de maneira geral, sobre o balancete. Um valor exorbitante referente à compra de material de limpeza, por exemplo, pode ser resultado de um zelador desatento e não deve passar despercebido.
Outra situação