Balaiada
A Balaiada foi uma rebelião ocorrida no Maranhão entre os anos de 1838 e 1840.
Nesse período, no Maranhão, havia dois partidos importantíssimos: os Bem-te-vis (liberais) e os Cabanos (Conservadores). E o movimento teve sua origem, exatamente, no confronto entre essas duas facções, que tinham como membros os produtores rurais e comerciantes do Estado.
Além destas duas classes citadas pertencentes aos dois partidos rivais, podemos encontrar nesta sociedade duas classes marginalizadas: os Escravos e os Sertanejos.
Desenvolvimento
Motivos do conflito:
Grande parte da população pobre do estado era contra o monopólio político de um grupo de fazendeiros da região. Estes fazendeiros comandavam a região e usavam a força e violência para atingirem seus objetivos políticos e econômicos.
O conflito tomou o nome de Balaiada, porque Balaio era o apelido de um de seus principais líderes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira.
Ele era um fabricante de balaios, e fora vítima da violência policial, que havia violentado duas de suas filhas, sem que houvesse punição nenhuma.
Em desejo de vingança, ele se tornou um vingador sanguinário e feroz, e, com seu bando, aterrorizou o interior maranhense, matando, violentando e devastando.
No mês de dezembro de 1838 o líder do movimento, Raimundo Gomes, invadiu a prisão de Vila Manga para libertar seu irmão. Acabou aproveitando a situação e libertando todos outros presos.
Em 1839 os balaios (como eram chamados os revoltosos), fizeram algumas conquistas como, por exemplo, a Vila de Caxias. Conseguiram também organizar uma Junta Provisória.
O governo maranhense organizou suas forças militares, inclusive com apoio de militares de outras províncias, e passou a combater fortemente os balaios. Com a participação de muitos escravos fugitivos, prisioneiros e trabalhadores pobres da região, os balaios conseguiram obter algumas vitórias no início dos conflitos.
O coronel Luís Alves Lima e Silva foi