BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 49 ed. Loyola: São Paulo, 2007. Resenha
Resenha
Autor de obras como: A invenção das horas, O papel roxo da maçã, A Língua de Eulália, O Processo de Independência do Brasil, entre outras. Suas obras passam das produções infantis, contos a livros acadêmicos. Marcos Bagno, além de escritor é tradutor e linguista possuindo o título, entre outros, de Dr. em Língua Portuguesa e Filosofia pela USP- Universidade de São Paulo.
Nota-se uma profunda preocupação do autor em manter a obra atualizada percebido pelo número de edições que a obra alcançou, tal qual nesta faz-se a honra à edição 49. Bagno, aborda a Língua Portuguesa com uma perspectiva que foge a noção simplista- pragmática considerando os raios políticos, econômicos e sociais na sua construção teórica.
O livro inicia com a preocupação de esclarecer afirmações sobre a Língua Portuguesa que ocorrem no país de forma a aceita-los como mito ou verdade. Ele enumera oito principais mitos e ramifica a discussão de pequenos outros conforme decorre sua argumentação. São esclarecidos mitos como o que dizem respeito a relação do Português do Brasil e o de Portugal, unicidade da língua no Brasil, facilidade em aprender em observância a outras línguas, entre outros.
O segundo capítulo atua como sucessor do primeiro, literalmente. O autor esclarece o círculo vicioso existente que permite que exista preconceito linguístico, assim como, cita mecanismos e mostra um preconceito social que manifesta-se lado a lado ao preconceito linguístico especialmente do professor Napoleão Mendes de Almeida.
O terceiro capítulo discute formas de impedir o avanço desse tipo de preconceito nas novas gerações, pressupõe a necessidade de mudança na sociedade, sobretudo na dominação político- social, para dá-se a minimização do preconceito. Neste mesmo, o autor traz à reflexão um certo conteúdo pedagogista ao traçar conceitos de “erro” e “maneiras de ensinar o português” discutindo como