Bagaço
O bagaço da cana de açúcar é um dos subprodutos da indústria da cana, assim como a sacarose e a palha. É constituído por celulose, hemicelulose e lignina. Atualmente o bagaço gerado na usina é consumido para produção de energia por meio da co-geração, tornando a usina auto-sustentável energeticamente e, em alguns casos, sobra energia para venda de eletricidade. O bagaço pode servir também como matéria prima na produção de etanol por meio da hidrólise ácida ou enzimática, nas quais as frações celulose e hemicelulose são convertidas a hexoses e pentoses. Após o processo de purificação a mistura obtida pode ser fermentada para produção do etanol.
HIDRÓLISE
É um processo que ocorre através de reações químicas envolvendo fluído aquoso contendo H+ ou OH-, podendo ser ácida quando o catalizador é um ácido, ou enzimática quando o catalizador é uma enzima. Age sobre a parede celular (celulose, hemicelulose, pectina e glicoproteínas). A hidrólise só com a ação da água é rara, normalmente torna-se necessário o emprego de temperatura ou pressão para realização do processo.
A PRODUÇÃO DO BAGAÇO
Visando a diversificação da matriz geradora de energia, o Brasil, assim como outros países, tem incentivado a cogeração de energia a partir da biomassa. Dentre as diversas biomassas, o bagaço de cana, é aquele que reúne os melhores atributos econômicos para ser industrializado devido principalmente a sua produção em grandes quantidades. O bagaço da cana é o resíduo sólido que remanesce da moagem da cana-de-açúcar nas usinas de açúcar e destilarias de álcool etílico no país. A proporção desse resíduo depende da quantidade de fibras que as cultivares de cana apresenta. De um modo geral, o material genético em uso no país apresenta um teor aproximado de 270 a 290 kg de bagaço (com 50% de umidade) em cada tonelada de cana processada. Do total produzido nas unidades de produção, uma parcela diminuta (próxima a 10%) é destinada a usos