Baden Powell
O nascimento do “método científico” é, ao mesmo tempo, o início de um processo que, juntamente com outros fatores (políticos, sociais, culturais) foi definido como “época moderna”, ou “modernidade”. Nesse processo começa a emergir um novo tipo de humanidade, consciente da própria autonomia e de sua própria força racional. Esta autonomia do ser humano recebe novo impulso, a partir do século XVIII, pela civilização industrial ou do desenvolvimento técnico-científico. O desenvolvimento maravilhoso da ciência moderna (a ciência na base de experiências metodicamente organizadas, verificáveis e controláveis ao máximo) e de suas aplicações técnicas sempre mais variáveis e prodigiosas, representam o acontecimento fundamental do nosso tempo. Estamos na época da tecnologia, que pode ser traduzida assim: a lógica da técnica Esta lógica da técnica intimamente relacionada com a ciência experimental - a técnica a serviço da ciência, a ciência a serviço da técnica - deu ao ser humano uma nova capacidade, a capacidade de transformar a natureza, multiplicando a produção de bens. E’ assim que a economia foi assumindo, na prática, uma influência determinante na nova sociedade. A modernização trouxe consigo uma nova visão do homem e da sociedade. Entramos numa era planetária, através da crescente internazionalização da economia, da técnica e dos meios de comunicação social. Os meios de produção foram adquirindo tamanha importância, que o próprio pensamento passou a ser reduzido à razão funcional ou instrumental, enquanto se perdia o sentido da ética ou dos valores morais. O próprio ser humano começou a contar só pela função produtiva, de eficiência, que ocupa na sociedade. No momento em que essa função cessa, ele perde o seu interesse, o seu valor, é descartado. Por isso, a modernidade exalta a produção e o trabalho. O ser humano que produz, é o que vale, e vale por aquilo que produz. Nesta tendência está também a