Bactérias resistentes - Mutação
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Se você acha que as bactérias desenvolvem uma "resistência" ao entrar em contato com o antibiótico: A resistência à antibióticos é um fato que atualmente gera grandes debates dentro da medicina. Quando os antibióticos foram descobertos, houve uma grande euforia: por todos os lados eram receitados antibióticos para quase todas as infecções bacteriológicas. Não se sabia dessa possibilidade, ou seja, das bactérias resistentes. Como os antibióticos tinham uma grande eficácia, eles eram amplamente receitados. Durante o seu período de vida, a bactéria não consegue se adaptar no sentido de se tornar resistente à um antibiótico. Tenha cuidado para não confundir os conceitos de adaptação. Para a evolução, "adaptação" não significa que o organismo "se transforma" para suportar o ambiente. Ao contrário, o organismo já deve ter incorporado os mecanismos para que consiga sobreviver. Assim, a bactéria não desenvolve uma resistência ao antibiótico; o que ocorre é que, em meio às milhares de bactérias em uma colônia, algumas já são naturalmente resistentes. Ao contato com o antibiótico, as outras irão morrer, e somente as resistentes irão gerar descendentes, criando assim uma linhagem de bactérias resistentes àquele antibiótico.
É claro, alguns organismos conseguem identificar substâncias nocivas e desenvolver algum tipo de defesa; mas para isso, já devem ter em seu banco genético os recursos necessários para desenvolverem essas defesas. Por exemplo, nós só conseguimos desenvolver defesas contra determinadas doenças pois nossos glóbulos brancos (as células de defesa) tem um sistema altamente desenvolvido de reconhecimento de substâncias estranhas ao corpo humano; mas quando algum agente externo consegue "enganar" este sistema e passar sem ser notado, as defesas não irão agir de maneira adequada. Ou seja, nenhuma bactéria desenvolve, ou sofre mutação, a resistência á antibióticos, ela nasce com ela e passa essa características aos seus filhos,