Bacteria
Até agora, falamos de processos de soldagem bastante simples, baratos e versáteis, tanto do ponto de vista da variedade de tipos de metais a serem soldados, quanto do ponto de vista da espessura das chapas.
Mas que fazer se os metais a serem unidos forem de difícil soldagem por outros processos, se for preciso soldar peças de pequena espessura ou juntas complexas, ou se for necessário um controle muito rigoroso do calor cedido à peça? Como no caso da costura e união de topo de tubos de aço inoxidável, da soldagem de alumínio, magnésio e titânio, particularmente de peças leves ou de precisão como as usadas na indústria aerospacial, por exemplo?...
Existe um processo de soldagem manual, que também pode ser automatizado, e que resolve esses problemas. Ele é chamado de soldagem TIG, um processo dos mais versáteis em termos de ligas soldáveis e espessuras, produzindo soldas de ótima qualidade.
O processo de soldagem TIG é o assunto desta aula.
Que sigla é essa?
Como você já deve ter percebido, TIG é uma sigla. Ela deriva do inglês Tungsten Inert Gas e se refere a um processo de soldagem ao arco elétrico, com ou sem metal de adição, que usa um eletro-
181
do não-consumível de tungstênio envolto por uma cortina de gás protetor. Nesse processo, a união das peças metálicas é produzida por aquecimento e fusão através de um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo de tungstênio não-consumível e as peças a serem unidas. A principal função do gás inerte é proteger a poça de fusão e o arco contra a contaminação da atmosfera.
Esse processo é aplicável à maioria dos metais e suas ligas numa ampla faixa de espessuras. Porém, devido à baixa taxa de deposição, sua aplicação é limitada à soldagem de peças pequenas e no passe de raiz, principalmente de metais não-ferrosos e de aço inoxidável. O arco elétrico na soldagem TIG produz soldas com boa aparência e acabamento. Isso exige pouca ou nenhuma limpeza após a operação de