Bacia Do Rio S o Jo o
JOÃO
A bacia do rio São João, localizada no sudeste do estado Rio de Janeiro, vem sofrendo diversas intervenções humanas ao longo dos anos. Entre as décadas de 50 e 80, o rio São João e alguns dos seus afluentes foram submetidos a diversas obras de retificação. Esta ação provocou a intensificação do fluxo hidráulico, resultando no aumento do transporte e deposição de areia, favorecendo assim a instalação de areais. A atividade de mineração, embora proporcionando o desassoreamento da calha fluvial, foi praticada sem estudos prévios e sem monitoramento, o que gerou conflitos de ordem local, motivando a avaliação dos impactos ambientais decorrentes da extração de areia. Assim, este estudo teve como objetivo maior, avaliar a interferência da atividade de mineração na dinâmica fluvial do rio São João, a luz de outras formas de ocupação e uso do solo. Através de seções transversais ao rio, nos portos de areia, verificou-se uma grande disponibilidade de sedimentos, com rápidas reposições das áreas lavradas.
Introdução
A extração de materiais aluvionares em rios vem sendo fortemente condenada por diversos setores da sociedade em função dos desequilíbrios que esta atividade pode causar na dinâmica fluvial.
O efeito imediato e direto desta ação é a redefinição dos limites do canal, seja pela retirada ou adição de materiais, que por sua vez pode promover uma mudança no padrão de fluxo e de transporte de sedimentos. As modificações das condições do canal podem ser propagadas a montante e jusante, bem como lateralmente, e por outro lado podem impactar os ecossistemas aquáticos. Os leitos ativos de rios são dinâmicos e respondem rapidamente aos estímulos externos, incluindo a extração de areia. As operações de lavra Podem causar um impacto direto nos parâmetros físicos da corrente fluvial, tais como geometria do canal, elevação do leito, composição e estabilidade do substrato, velocidade, ,transporte de sedimentos, vazão e temperatura.
Caracterização Da