Bacia de Sao Francisco

Socioeconômico:
A região banhada pela Bacia do Rio São Francisco, mais conhecido como Velho Chico, é o retrato da nação brasileira - repleta de desigualdades econômicas e sociais. Nas suas margens coexistem regiões ricas, em pleno desenvolvimento industrial e agrícola e com alta densidade demográfica, contrastando com municípios que sobrevivem da agricultura de subsistência e dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pelo Governo Federal.
Na região são três os principais ramos da economia - a agricultura, a indústria e os serviços. Na agricultura, a soja, o algodão e a fruticultura irrigada têm se expandido nos últimos anos. No setor industrial, destacam-se os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e seu Entorno (Ride), além de cidades onde estão instaladas as hidrelétricas de Paulo Afonso e Xingó (cidades de Paulo Afonso e Canindé de São Francisco, respectivamente).
O setor de serviços predomina em 73 municípios e em 307 é uma importante fonte de receita. O setor fica concentrado nos dois grandes centros urbanos situados na bacia - Belo Horizonte e Brasília. Em termos gerais o setor é responsável por 61,9% da economia da região. Doze municípios contribuem 75,9% do total: Brasília e Belo Horizonte, Contagem, Betim, Divinópolis, Sete Lagoas, Ribeirão das Neves e Santa Luzia (da Região Metropolitana de BH), além de Montes Claros, Patos de Minas, Petrolina (PE), Juazeiro (BA).
Outro importante setor usuário da Bacia do Rio São Francisco é o mineral. A Bacia detém cerca de 20% do universo da atividade mineral oficial do país. De um total de 11.600 títulos minerários ativos, 2.320 estão inseridos na Bacia e 1.600 são de projetos que efetivamente exploram bens minerais e utilizam água nas suas operações. No rio São Francisco, a pesca representa uma das principais atividades econômicas, contudo, com o avanço do desenvolvimento da região, há outros aspectos que propiciam a