Bacharelando
Turma Dir3DN
OBRA: MATOSO, Katia M. de Queirós. Ser Escravo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2003. P. 98 – 121.
BIOGRAFIA DO AUTOR
Kátia Mytilineou de Queirós Matoso nasceu em 8 de abril de 1931, foi uma grande historiadora greco-brasileira. Especializada em história econômica e social da Bahia, e história social da escravidão no Brasil. Lecionou nas Universidades Católica do Salvador, Federal da Bahia, de Minessota, Paris IV, de Columbia e na de Cambridge. Uma de suas obras mais icônicas foi o livro: “Ser escravo no Brasil.”
RESENHA
A autora, Kátia M. de Queirós Matoso, inicia o capitulo IV de seu livro “Ser escravo no Brasil”, relatando as diferentes formas de escravidão que ocorriam nos dois continentes. A priori, a escravidão africana, na qual o individuo era subjugado por um, quase sempre, etnicamente igual. Onde, poderia vivenciar a mesma ou semelhante cultura. Fora o fato de que nem sempre a escravidão, na África, estava ligada a produção. Já no Brasil o que ocorreu foi um tipo diferenciado de escravidão, proporcionando um choque cultural para os vindos da África, pois aqui se depararam com cultura totalmente adversa a sua e a escravidão voltada, mais comumente, à produção agrícola. Ainda sim, o que se percebia no Brasil era múltiplas formas da condição escrava.
Com a extração do africano da sua terra mãe para a nova vida na américa não é só uma extração física que ocorre, o mesmo acaba tendo furtado toda uma vida pregressa, amigos, costumes, língua entre outros fatores formadores da sua personalidade. Toda uma relação social que anteriormente o individuo possuía em seu meio comum. Perdendo assim sua personalidade e se tornando meramente coisa, para o direito, cabendo a seu dono (proprietário) qualquer tutela desejada. Desde o processo de extração os negros já eram submetidos a cativeiros angustiantes e temerários a qualquer individuo, rodeado de outros afligidos pelo mesmo infortúnio, esta