Bacharel
O impacto do rastreamento eletrônico para o produtor
RESUMO
O objetivo é definir o ponto de equilíbrio para a implantação de RFId (Radio Frequency Identification) tornando-o viável econômica e financeiramente. A análise decorre da necessidade de adequação aos requisitos do Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) e aos internacionais de rastreamento.
A qualquer momento pode haver a obrigatoriedade da rastreabilidade, o mercado bovino é passível de imposições por parte dos órgãos oficiais e dos compradores. Sou convicto que a rastreabilidade será obrigatória em pouco tempo. Quanto mais cedo houver a adequação, melhor. Essa decisão ainda está nas mãos do produtor, ele ainda pode definir pelo caminho e pela cronologia, tanto de tempo quanto de investimentos. Quando da obrigatoriedade, muitos produtores serão obrigados a deixar o mercado. Para essa análise escolhi o transponder passivo de 134,2 kHz alojado no umbigo do animal, além de sua característica de utilização em qualquer idade do animal, da durabilidade e da possibilidade de reutilização, tem um agregado muito interessante, o termômetro interno, ele ainda custa acima dos outros, mas é definitivo para a cadeia produtiva. As principais barreiras à implantação deste sistema são as de investimento (principalmente para o pequeno e médio produtor) e as de cunho cultural.
A do investimento pode ser minimizada e operacionalizada com o agrupamento de pequenos produtores em cooperativas. A cultural é mais complicada, exige mudança comportamental dos recursos humanos envolvidos, do produtor ao peão.
1. Introdução
O Brasil é conhecido no mundo como o maior comerciante de carne bovina, tendo um rebanho em torno de 200 milhões de cabeças, exportando mais de 20% da sua produção. Desde 1997 - após o episódio da doença da vaca louca no Reino Unido -, toda a carne exportada pelo Brasil em direção à União Européia (UE), deve ter