bacharel
A essência, a cerne desta ciência é tão complexa quanto a ramificação das suas categorias de análises, contraditoriamente à própria gênese da palavra, não é Geo, que significa Terra , e também não grafia, que significa descrição.
Com o passar dos tempos, a Geografia foi se aprimorando e tomando novas formas, deixando de ser uma ciência meramente descritiva, essencialmente do meio natural, para se tornar uma ciência crítica, analítica, sejam quais forem suas novas categorias de análise, como sociais, econômicas, políticas e também a natural. Porém, esta variância de opções de análises dentro de uma mesma ciência levou seus utilizadores, pensadores a se questionarem sobre a veracidade do objeto geográfico. Surgiu então a questão: existe mesmo um único objeto geográfico? E se de fato este existe, qual o seria então ? Antes de responder a esta questão, se faz necessário um pequeno retrospecto sobre o caminhar da Geografia.
No século XIX, a Geografia começou a usufruir o status de conhecimento organizado, através do pensamento dos chamados de geógrafos tradicionais, que devido a disfunções de pensamentos, deram inicio a outras formas de pensar geografia. Uma das questões mais delicadas que se arrasta ao longo dos séculos é sobre o objetivo fundamental do estudo da Geografia, o que por sua vez acabou por trazer para a prática, contradições dicotômicas como a dicotomia entre a Geografia Física x Geografia Humana, em que a primeira estudava o quadro natural e a segunda, a distribuição dos aspectos originados pelas atividades humanas (FRANCISCHETT, 2003).
Outra contradição foi a dicotomia entre a Geografia Geral e a Geografia Regional, onde a primeira procurava entender a distribuição dos fenômenos da superfície do nosso planeta, e, que teve como resultado a sistematização dos estudos geográficos e também deu origem a subdivisão da ciência. A segunda, a geografia Regional, por sua vez buscava compreender as