Bacharel/licenciado
Com o objetivo de controlar migração para os centros urbanos, o governo Vargas elaborou um plano conhecido como “Marcha para Oeste” no qual se incluiu a Amazônia. O oeste brasileiro e a Amazônia ficaram, assim, inseridos na política de ocupação dos “espaços vazios” que pretendia mobilizar os migrantes, principalmente nordestinos, para o interior do país. Esta política previa a disponibilização de infra-estrutura viária e de mercado de trabalho para tornar viável a sedentarização das famílias de trabalhadores rurais no interior do país, através da concessão de lotes de terra onde o colono receberia incentivos para agricultura eliminando o nomadismo e relegando a economia extrativista a um segundo plano.
Com a deflagração da 2ª Guerra Mundial, os planos de colonização da Amazônia sofreram drásticas alterações. Os Acordos de Washington firmados entre Brasil e EUA transformaram o Brasil no principal fornecedor de borracha dos EUA. A emergência da produção de borracha retomou o antigo modo de produção extrativista com o recrutamento de mão-de-obra, exclusivamente, masculina para os seringais amazônicos.
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Figura 1 : http://sociedadeestranha.blogspot.com/2008/11/ponto-de-vista.html
Os trabalhadores que se dirigiram aos seringais ficaram conhecidos como os “Soldados da Borracha”. Estes “soldados” eram recrutados pelo SEMTA (Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para Amazônia).
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Figura2- http://reporterdaamazonia.blogspot.com/2009/08/memoria-revisitada-cartazes-para.html
Para convencer os nordestinos a “aderir à causa aliada” o governo estadonovista usou de eficiente propaganda e de promessas de melhores condições de vida em uma região “verde e frondosa” diferente da paisagem do sertão nordestino. Calças e blusas de morim, chapéu de palha, alparcatas de rabicho, um talher com lado colher e outro garfo, uma rede e um saco de estopa eram o equipamento que