Bacharel em serviço social
Leo nem se lembra direito por que as brigas começaram. Ele e Victor eram amigos. Com a turma de meninos da classe, brincavam, jogavam bola e trocavam figurinhas nos intervalos das aulas. Mas tudo mudou. Talvez por causa de um passe de bola errado aqui, um esbarrão sem querer ali... Quem pode saber? E assim Victor foi se distanciando e levou outros meninos para o lado dele. Então, começaram os pontapés na saída da escola. Leo ia para casa com a canela doendo. Às vezes levava beliscão, puxão de cabelo e até pisada no pé. Victor estava muito diferente e os outros meninos também. A cada semana, a situação de Leo ficava pior. Ele se sentia sozinho e com raiva. Leo vivia com medo de ser pego de surpresa pelos ex-amigos. Uma vez, até levou um soco nas costas! Quanta covardia! Em casa, dizia que tenha caído, porque sentia vergonha de falar que estava apanhando na escola. Mal sabia ele que os pais podem ajudar muito a resolver coisas assim. Os pais podem conversar com as pessoas certas. Leo andava cada vez mais triste, comia mal e as notas estavam caindo. A mãe chegou a desconfiar de algo errado na escola, mas como o filho não falava nada... Leo precisava reagir, contar para os pais, para a professora, para todo mundo! Então, finalmente, Leo resolveu se abrir com seu pai e contou sobre as agressões que sofria todos os dias. Na mesma hora, os dois foram à escola e falaram com a diretora. Victor e os outros valentões foram chamados, levaram sermão, suspensão e seus pais ficaram sabendo de tudo! Que alívio para Leo poder ir à escola, estudar, brincar e voltar para casa sem levar chutes. Leo tinha muitos amigos e agora estava alegre de novo para se divertir com