Ação humana
– Éticas teológicas, que sustentam que o valor dos actos morais se determina pela observação dos seus resultados, fins ou consequências. É o caso do Utilitarismo de Stuart Mill. – Éticas deontológicas são as que consideram que o valor das acções se determina pela intenção do sujeito. É o caso da ética do dever de Kant.
Na filosofia de Kant, o papel da razão está em sintonia com os conceitos e modos de ver e pensar da época. Kant é o filósofo do século XVIII, o filósofo da ilustração. É o pensador mais representativo do iluminismo, do entusiasmo pela liberdade e pela emancipação do homem em relação a todas as formas de repressão mental. Ousar pensar é a fórmula mais repetida e com a qual se pretende despertar a razão humana contra toda e qualquer tirania exterior à razão. É neste contexto que se pode dizer que a ética de Kant é uma ética autónoma, formal e deontológica, em oposição às éticas até então desenvolvidas.
Segundo Kant, o homem que se rege por éticas materiais não tem autonomia da razão, ou seja, não possui uma razão livre para decidir por si, limitando-se a obedecer aos ditames do desejos e das inclinações. O Homem, ser sensível e racional, é capaz de se regular por leis que impõe a si mesmo. Para Kant, a boa vontade é a condição da moralidade, sendo esta concebida independentemente das acções. Deste modo, Kant propõe uma ética racional por considerar que só assim será universal e com capacidade de restituir ao