Aços para a Cutelaria
Ribeirão Preto, Janeiro de 2010
Tabela de conteúdo
1 AÇOS PARA A CUTELARIA
1.1 O carbono no aço e na cutelaria.
1.1.1 Quanto mais carbono melhor?
1.2 Aço carbono ou aço inox?
1.3 Faca forjada ou somente desbastada?
1.3.1 A alma do aço.
1.3.2 Alguns aços usados na cutelaria
1.4 Aços inoxidáveis
1.5 Outros materiais:
1.6 Conclusão
1.7 Sobre o autor
No século dezoito e antes dele já se sabia que o carbono era um elemento importante a ser adicionado ao ferro para formar os aços e sabia-se que a quantidade de carbono influenciava na dureza do aço e na retenção do fio, no entanto, não dominavam a dosagem do carbono a ser dissolvido no aço, então usavam o método de colocar o ferro líquido em um cadinho de grafite e mantê-lo aquecido por vários dias para que pudesse absorver o carbono das paredes do mesmo, dependiam da experiência de pessoas que visualmente avaliavam o ponto correto de retirar o aço do cadinho.
Era complicado pois depois que o aço esfriava o carbono não era homogêneo variando a cada batelada e com um gradiente de maiores e menores concentrações de carbono no volume do cadinho, o que exigia que o aço fosse trabalhado para ser homogeneizado.
Pelo final do século dezenove, na Inglaterra, um relojoeiro descontente com a variação de qualidade dos aços mola que obtinha dos fornecedores resolveu fazer experiências e conseguiu dosar o carbono a ser adicionado a uma porção de ferro fundido criando o primeiro cast steel da história. À partir disto os aços evoluíram tremendamente e a cidade de Sheffield na Inglaterra, onde ocorreu esta criação do cast steel e que já era um grande centro cuteleiro passou a ser o maior centro cuteleiro do mundo com grandes fábricas como a Josefh Rodgers que chegaram a ter mais de 2000 funcionários antes da entrada no século vinte.
Estes aços carbono dominaram por muito tempo, acrescentaram então outros metais em diferentes proporções e durante a primeira grande guerra ao