aços para trabalho a quente
Os aços para trabalho a quente são aços que se destinam à fabricação de ferramentas utilizadas no processamento a quente do aço, ferro fundido, ligas não ferrosas e eventualmente materiais não metálicos. Suas principais características são alta resistência ao revenimento, elevada resistência mecânica a quente, boa tenacidade, grande resistência à abrasão em temperaturas elevadas, boa condutividade térmica, elevada resistência à fadiga e boa resistência a formação de trincas térmicas. Estas características conferem às ferramentas a capacidade da resistir as solicitações mecânicas a que estão sujeitas, apesar de aquecidas pelo material em processamento. Elas são adquiridas pela adição de elementos de liga, como cromo, molibdênio, vanádio, tugstênio, níquel, e por tratamento térmicos adequados. A plena ação de cada um daqueles elementos freqüentemente só se faz sentir em conjunto com outros elementos e assim existe hoje uma tendência no sentido de usar aços de liga múltipla. O Cr, Mo, V e W possuem alta afinidade pelo carbono, formando carbonetos simples ou complexos que contribuem grandemente para a obtenção das propriedades requeridas dos aços para trabalhos a quente. O níquel é adicionado quando se visa maior tenacidade. O teor de carbono situa-se geralmente entre 0,30 e 0,60 %.
Um aspecto importante a considerar é que em aços de trabalho a quente, o teor total de elementos de liga nem sempre serve como padrão para o estabelecimento do rendimento do aço. Quando as propriedades de resistência mecânica em temperaturas elevadas dos aços altamente ligados não são aproveitadas plenamente, é , em muitos casos, preferível optar por aços menos ligados, que possuem maior condutividade térmica e por isto dão maior rendimento. A escolha de um aço para trabalho a quente para determinada aplicação, tal como ocorre com outros materiais, representa freqüentemente um compromisso entre propriedades contraditórias