aços grafiticos
Em 1998, Carlos Alberto Soufen, docente do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia (FE) da Unesp, campus de Bauru, adicionou Nióbio à liga metálica tradicionalmente conhecida como aço, favorecendo os tratamentos térmicos e termoquímicos do material fundido.
Testes realizados em duas empresas metalúrgicas, KSB Bombas e a Villares Metals revelaram resultados além do esperado. A nova liga foi batizada com o nome de Aço Grafítico Fundido ao Nióbio. Por ser mais dúctil e resistente que outras ligas, esse aço poderá ser empregado na fabricação de caixas de câmbio, carcaças de bombas e caixas de motores, por exemplo.
Suas propriedades variam entre as do ferro fundido cinzento e as do dúctil. Comparado com o primeiro, os grafíticos compactos possuem maior resistência mecânica, ductilidade e tenacidade e menor oxidação a temperaturas elevadas. Dentre as aplicações típicas, podem ser citadas: base para grandes motores a diesel, cárteres, alojamentos de caixas de engrenagens, suportes de rolamentos, rodas dentadas para correntes articuladas, engrenagens excêntricas, moldes para lingotes, coletores de descarga de motores e discos de freio.
Os testes mostraram que o novo aço possui maior resistência, pois apresenta menor quantidade de grafita livre, responsável pelo desgaste do material. No teste de nitretação introdução de nitrogênio na superfície do material o Aço Grafítico Fundido ao Nióbio mostrou maior resistência à corrosão.
Na prova de absorção de impacto, enquanto o ferro fundido alcança no máximo 16 joules (unidade de medida de energia absorvida ao impacto), o novo aço chegou a 49 joules. No ensaio de tração, o ferro fundido obteve 2,3% de alongamento enquanto o Aço Grafítico chegou a 9%.
A grande vantagem em relação aos aços tradicionais de alto carbono e ligados é a sua melhor fundibilidade e usinabilidade propriedades necessárias a peças de formatos complexos, em que o processo de fabricação mais barato é a fundição com a