Açao Humana
Problema da possibilidade/validade do conhecimento
Na análise fenomenológica do conhecimento verificou-se que o conhecimento é uma apreensão do objeto pelo sujeito. No entanto, alguns autores põem em dúvida essa apreensão.
Daqui resulta o problema da possibilidade do conhecimento: será que o sujeito apreende efetivamente o objeto?
As duas correntes filosóficas que tentam responder a esta questão designam-se por dogmatismo e ceticismo.
Dogmatismo (não duvida)
Esta perspetiva filosófica responde afirmativamente à pergunta colocada anteriormente.
Pode ser designada por dogmatismo ingénuo, uma vez que nem sequer tem noção de que existe uma relação entre um sujeito e um objeto no acto de conhecer. Assim sendo, o dogmático não duvida e acredita que os objetos nos são dados absoluta e diretamente, ou seja, que o sujeito apreende o objeto tal e qual como este é e não apreende apenas uma imagem ou representação mental deste.
No entanto, pode ser entendida noutros sentidos:
Racionalismo dogmático: há uma sobrevalorização da verdade e da certeza, confiando naquilo que um dado órgão (razão ou sentidos) nos apresenta.
Dogmatismo ingénuo: não existe autonomia mental, uma vez que a análise daquilo que se apresenta ao nosso eu não é realizada.
Ceticismo (não sai da dúvida)
Esta perspetiva filosófica responde negativamente à pergunta inicial.
O ceticismo afirma que é impossível o sujeito apreender efetiva e rigorosamente o objeto, pelo que ninguém possui a verdade absoluta.
Podemos considerar três tipos:
Ceticismo absoluto/radical/pirrónico (é impossível o sujeito apreender o objeto, pelo que não há qualquer tipo de conhecimento verdadeiro. É contraditório uma vez que afirma que o conhecimento é impossível mas com esta afirmação está a exprimir um conhecimento)
Ceticismo mitigado/moderado (o conhecimento não é impossível, mas é impossível este ser rigoroso. Deste modo, um juízo não é