Azospirillum amazonense
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IDENTIFICAÇÃO DE ISOLADOS DE Azospirillum amazonense
ASSOCIADOS A Brachiaria spp., EM DIFERENTES ÉPOCAS
E CONDIÇÕES DE CULTIVO E PRODUÇÃO DE
FITORMÔNIO PELA BACTÉRIA(1)
F. B. REIS JUNIOR(2), M. F. SILVA(3), K. R. S. TEIXEIRA(3),
S. URQUIAGA(3) & V. M. REIS(3)
RESUMO
Existem evidências de que pastagens formadas por algumas espécies do gênero
Brachiaria poderiam beneficiar-se com o processo de fixação biológica do nitrogênio atmosférico (FBN), garantindo a estas pastagens maior longevidade.
Dentre as bactérias diazotróficas encontradas em associação com estas gramíneas forrageiras, destaca-se a espécie Azospirillum amazonense. Neste trabalho, objetivou-se verificar a influência da espécie de Brachiaria, manejo da pastagem e sazonalidade sobre as populações de A. amazonense associadas às raízes destas plantas. Diferentes pastagens (B. humidicola, B. decumbens e B. brizantha) foram introduzidas em regiões do ecossistema Cerrado e de Mata Atlântica. Foram avaliados dois sistemas de manejo com diferentes taxas de lotação, e as coletas foram realizadas em diferentes épocas do ano. As populações de A. amazonense foram quantificadas e a identidade dos isolados confirmada, assim como sua capacidade de produção de fitormônios tipo AIA (ácido 3-indol acético) em meio de cultivo. Isolados de A. amazonense foram obtidos a partir de amostras de raízes das três espécies de Brachiaria avaliadas. Estimativas das populações desta bactéria variaram de 103–107 células g-1 de raízes. Em amostras do ecossistema
Cerrado, a época de coleta apresentou efeito significativo sobre a população destas bactérias. Os dados da região de Mata Atlântica mostraram que plantas de
Brachiaria de diferentes espécies e pastagens sob diferentes taxas de lotação podem apresentar números populacionais distintos associados às suas raízes. A técnica de análise de restrição do DNA ribossomal amplificado