Avenida sete, uma experiênica etnográfica

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA | FACULDADE DE ARQUITETURA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO MESTRADO ACADÊMICO 2012 ARQA30 – APREENSÃO DA CIDADE CONTEMPORÂNEA PROFESSORA: PAOLA BERENSTEIN JACQUES

AVENIDA SETE, UMA EXPERIÊNICA ETNOGRÁFICA LUÍS GUILHERME ALBUQUERQUE DE ANDRADE

Salvador, agosto de 2012.

APRESENTAÇÃO O texto a seguir trata de uma experiência metodológica de apreensão urbana que aconteceu na cidade de Salvador/BA durante o ultimo CORPOCIDADE1. A experiência – que se configurou enquanto um estudo etnográfico – fez parte da oficina “Observando as ruas do centro de Salvador: o transeunte do século XXI” que foi coordenada pelos professores Urpi Montoya Uriarte e Milton Júlio de Carvalho Filho, do Grupo de Pesquisa Panoramas Urbanos (FFCH/UFBA). A proposta de etnografia desenvolvida teve como objeto de estudo o transeunte2 da Avenida Sete de Setembro e as suas relações com este espaço. Entender quem é e o que fazem as pessoas que frequentam a Avenida além de compreender quais são os lugares construídos pelos usos dos transeuntes ao longo deste recorte espacial 3 era o nosso principal objetivo.

Fig. 1 - Transeuntes da Avenida Sete
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O CORPOCIDADE 3, aconteceu em Salvador/BA de 23 a 27 de abril de 2012 Aqui entendido como um papel temporário, assumido pelos indivíduos que transitam a pé pela cidade. 3 O recorte objeto de estudo se refere ao trecho da Avenida Sete de Setembro que vai da Casa d’Itália (Campo Grande) ao Edf. Sulacap (Praça Castro Alves), popularmente conhecido como “Avenida Sete”. 1

UMA PROPOSTA ETNOGRÁFICA A etnografia enquanto método, segundo Uriarte (2012), perpassa três etapas: A primeira delas é conhecimento teórico, diz respeito à ciência de textos que tragam informações e interpretações já feitas sobre a temática e a população que se pretende estudar. A segunda se configura no trabalho de campo, na vivência com os “nativos” – no caso, os transeuntes – e a terceira, consiste na transformação das