Aveia no brasil
O cultivo de aveia no Brasil apresentou aumento na área colhida a partir de 1980. Segundo Floss (1988), a preferência na utilização de aveia sempre recaiu sobre a produção de forragem, isolada ou associada a outras forrageiras, cultivando-se principalmente aveias pretas. A pequena área de cultivo de aveia nas décadas de 1940 a 1970 pode ser atribuída à falta de cultivares adaptadas às condições climáticas do país e aos problemas causados pela ferrugem da folha.
Segundo Carvalho e Federizzi (1993), o desenvolvimento da cultura da aveia no sul do Brasil pode ser dividido em três períodos:
(a) Período antigo. Cultivo com o objetivo de produzir massa verde para forragem ou com o propósito de dar pastejo e posterior colheita de grãos, de estabelecimento de lavoura em fins de outono e com genótipos de ciclo longo, estatura elevada, reduzida resistência às principais moléstias e insatisfatórios rendimentos e qualidade de grãos. Genótipos desenvolvidos no período e mudanças nas técnicas de cultivo, principalmente, na época de estabelecimento da lavoura, alteraram os níveis de produtividade.
(b) Período recente. Marcada pelo incremento de alterações em características agronômicas, fruto de introdução maciça de linhagens de diferentes programas de melhoramento internacionais, resultando em variedades como a Coronado e Suregrain, que determinaram um novo patamar de produtividade, qualidade de grãos, porte de planta, número de dias para florescimento, resistência as ferrugens, e fixação de junho como período ideal para semeadura sem efeitos em culturas posteriores ou anteriores.
(c) Período Moderno. Intensificação de programas de melhoramento (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de Passo Fundo e CTC – Cotrijuí) e direcionamento da seleção ao ajuste às novas condições de ambiente com o crescimento de forma geométrica da área de cultivo de verão e crescente demanda pelos grãos de aveia no país. Surgimento de novos genótipos com