AVC no Brasil e no mundo
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, ocorrem quase seis milhões de mortes por ano relacionadas ao AVC no mundo, sendo a grande parte nos países em desenvolvimento. O AVC é a terceira maior causa de morte no mundo, após doenças coronarianas (7,2 milhões) e câncer (7,1milhões), muito mais alarmante do que AIDS (2,8 milhões) e outras doenças infecciosas como tuberculose (1,6 milhões), que recebem a maioria dos recursos mundiais de saúde pública.
Apesar de ter sido relatada uma tendência para a estabilização da incidência em países desenvolvidos, com o aumento da expectativa de vida, estudos epidemiológicos mais recentes observaram que esta tendência parece ter sido anulada. Há exceções: a Rússia apresenta uma das maiores incidências de AVC no mundo, devido em parte às recentes mudanças socioeconômicas. No Japão a incidência de AVC ainda se mantém elevadas razões para isto permanecem discutíveis, entre elas, fatores ambientais e genéticos. Na maioria dos países desenvolvidos há uma significativa redução da mortalidade relacionada ao AVC, em especial no Japão, EUA e Europa Ocidental. Como AVC é a principal causa de incapacidade funcional, estes dados indicam a necessidade de se reavaliar o planejamento dos sistemas de saúde para incluir medidas de prevenção, tratamento hospitalar e reabilitação aos grupos de faixa etária mais elevada, o segmento que mais cresce na população. Poucos foram os estudos que levaram em consideração a complexidade dos subtipos de AVC. Entre estes foi observada uma variação na mortalidade entre os pacientes com AVC isquêmico e hemorrágico.
Apesar de haver nítidas diferenças na prevalência e mortalidade entre as diversas regiões brasileiras, decorrentes principalmente das influências étnicas e sócio-econômicas, recentes estatísticas brasileiras indicam que o AVC é ainda a causa mais freqüente de óbito em parte desta população. Cerca de 129.000 mortes relacionadas ao AVC foram