avanços tecnologicos e o emprego
Autora: Márcia Naiar Cerdote Pedroso
* Este texto faz parte da monografia intitulada: “A reestruturação do trabalho e a formação do trabalhador”. Defendida no Curso de Especialização em Pensamento Político Brasileiro da UFSM, em 28.03.2006.
Orientador: Prof. Dr. Holgonsi Soares Gonçalves Siqueira
Publicado, na íntegra, na Revista "Sociedade em Debate" nº 35, vol. 13, n.1, janeiro-junho de 2007
"(...) a acumulação capitalista sempre produz, e na proporção da sua
energia e de sua extensão, uma população trabalhadora relativamente, isto
é, que ultrapassa as necessidades médias da expansão do capital,
tornando-se, desse modo, excedente".
Karl Marx
A reestruturação produtiva, acompanhada da introdução de novas
tecnologias, desencadeou uma série de conseqüências sociais que afetaram
os trabalhadores nos processos de trabalho, na qualificação da força de
trabalho, nas condições de trabalho e nas suas vidas. As transformações
ocorridas no trabalho, como procurei demonstrar nos capítulos anteriores,
ocasionaram o surgimento de uma nova classe operária, de elevado nível de
formação para o trabalho e de alta qualificação em que o conhecimento do
indivíduo se torna um fator de maior relevância no momento atual.
Concomitante a estes fenômenos, ocorre, também, a fragmentação e a
desestruturação do trabalho, o que acaba gerando tendências imensamente
insatisfatórias em termos sociais.
Um primeiro aspecto que gostaria de destacar é que o novo padrão
produtivo, baseado no uso das novas tecnologias e no conhecimento, trouxe
para muitos países a diminuição do trabalho necessário, uma vez que, com a
presença da automação microeletrônica, houve uma significativa redução da
mão-de-obra típica da produção verticalizada da era fordista de produção.
Esse fator acabou gerando um grande impacto na questão do emprego.
Observando a