avanço do mar na praia do furadouro

Introdução:

Em todo o mundo, Europa e nesta situação concreta em Portugal, temos vindo a assistir a uma ocupação desordenada do litoral, contribuindo esta conjuntura para situações de desequilíbrio e de fenómenos de erosão Costeira que por sua vez tem vindo a pôr em causa a segurança de muitas pessoas que residem nessas zonas. Nos últimos anos o avanço do mar tem-se feito sentir com maior intensidade não sendo causa só da ocupação antrópica mas também do aquecimento global, o que provoca degelo nos polos e o consequente aumento do nível do mar.
O homem tem vindo a travar o avanço do mar, gastando milhões de euros em infra estruturas que bloqueiem o seu avanço, contudo sem grandes resultados, pois passado dias, semanas, meses ou anos essas construções acabam por ser destruídas

Jornal Público-11/Maio/2006

“O mais recente relatório do estado do Ambiente, elaborado pelo Instituto do
Ambiente, revela que é na praia do Furadouro que o mar mais avança por ano em toda a costa portuguesa, tendo em conta os dados fornecidos pelo
Instituto da Água (Inag) referentes a 2003. Ao todo, nove metros.”

Nos últimos anos temos assistido a constantes transposições por parte do mar, destruindo inúmeros bares construídos à beira mar, de estruturas de suporte a essa transposição, inundações, etc.

No Furadouro tem-se adiado o problema, através do modelo de “proteção maciça” da frente oceânica, tendo por base a construção de esporões, paredões e enrocamentos, o resultado bem visível no litoral ovarense, tem sido uma forte degradação das estruturas naturais e o crescimento da erosão costeira. A já longa experiência de luta com o mar que se trava no Furadouro tem resultado ao longo das últimas décadas na estratégia imediatista de enterrar pedra sobre pedra no areal da praia em cada ano mais reduzida, sendo a situação mais grave de erosão costeira da Europa, como é reconhecido pelo Departamento de Ordenamento e Regulação do Domínio