Avanço da Medicina Neurologica
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A história perdida O Egito, mais do que a Grécia, é o berço da civilização ocidental. Há milhares de anos, os egípcios já faziam cirurgias no cérebro. Porém, o que exatamente era feito, como e com qual finalidade ficou perdido no tempo. Sabemos que tais cirurgias eram feitas porque foram encontradas perfurações no crânio em esqueletos da época. O que se sabe, nos dias atuais, é de que eles conseguiram relacionar as funções motoras com o cérebro. Infelizmente, a história real do que aconteceu e do grau de conhecimento dos médicos egípcios encontra-se praticamente perdida. Com isso, temos que avançar no tempo e começar a história da neurociência alguns séculos depois, na Grécia. Hipócrates, o pai da medicina ocidental, definia o cérebro como a sede da mente. Escreveu ele: “Deveria ser sabido que ele é a fonte do nosso prazer, alegria, riso e diversão, assim como nosso pesar, dor, ansiedade e lágrimas, e nenhum outro que não o cérebro. É especificamente o órgão que nos habilita a pensar, ver e ouvir, a distinguir o feio do belo, o mau do bom, o prazer do desprazer. É o cérebro também que é a sede da loucura e do delírio, dos medos e sustos que nos tomam, muitas vezes à noite, mas ás vezes também de dia; é onde jaz a causa da insônia e do sonambulismo, dos pensamentos que não ocorrerão, deveres esquecidos e excentricidades”. Lendo esta citação – com os conhecimentos que temos hoje – é incrível observar a acuidade do pensamento hipocrático. O grande problema de pesquisa para as neurociências sempre foi como estudar o cérebro e todo o sistema nervoso em um organismo vivo. Ao dissecar um cadáver, é possível ver o cérebro, as meninges, a medula e os nervos irradiando da medula para os membros. Mas como relacionar estas estruturas com o funcionamento, com a fisiologia quando o corpo está vivo? Em vista disso, entre as concepções de Hipócrates e o século XX, encontramos mais conjecturas (próximas da filosofia e da teologia) do que