Avaliação e Validação de Indicadores de Performance de Programas de Ergonomia
Centro Universitário Senac, 20 e 21 de Maio de 2005.
Avaliação e Validação de Indicadores de Performance de Programas de Ergonomia.
Patricia Silva Cordeiro
Fisioterapeuta, Mestranda em Sistema Integrado de Gestão
Resumo Os programas de ergonomia têm sido utilizados por diversas organizações como uma alternativa para diminuir o nível de acidentes e doenças ocupacionais responsáveis por gerar um alto índice de absenteísmo e custos para as organizações. Para o sucesso desses programas a avaliação dos resultados das ações desenvolvidas e implantadas são essenciais e, os indicadores de performance são instrumentos de auto-avaliação indicados para a mensuração dos programas de ergonomia. O objetivo desse estudo é identificar os indicadores de performance utilizados pelas organizações que possuem programas de ergonomia, avaliá-los e oferecer orientações de aperfeiçoamento e validação da metodologia.
Palavras Chave: Indicadores de Performance, Ergonomia, Gestão, Doença Ocupacional.
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
Muitas situações de trabalho e da vida cotidiana são prejudiciais à saúde, Moraes e Montalvão (2003) comentam que cerca de 450 mil acidentes de trabalho ocorrem anualmente no Brasil, e as empresas têm uma despesa de aproximadamente R$ 12,5 bilhões (contando os custos segurados e os não-segurados); os familiares dos acidentados ou lesionados bancam mais de R$ 2,5 bilhões (acomodando-os, tratando e perdendo horas de trabalho e renda); e o Estado, juntamente com as famílias, gastam estimadamente R$ 5 bilhões para atender aos que se acidentam e adoecem no mercado informal e nada contribuem para a formação do fundo previdenciário que garante o seguro aos acidentes do trabalho. Teoricamente, o número se aproxima de R$ 20 bilhões por ano.
No período de 1999 a 2003, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS concedeu 854.147 benefícios por incapacidade