Avaliação: Uma Reflexão
Regina Carrancho da Silva
Ao pensarmos sobre alguns conceitos no campo da avaliação e das práticas avaliativas, não é muito difícil verificar uma serie de coisas que se tornam bastante complexas a medida em que a sociedade intensifica o controle e a adaptação dos membros, fazendo com que a avaliação vire um instrumento onde se verifique, compare, onde se construa categorias, incluindo e excluindo.
Nos últimos cem anos, Guba e Lincoln (2003) identificam quatro gerações de concepções e práticas avaliativas: a Geração de Mediação, a Geração dos Objetos, a Geração do Julgamento e a Geração Construtivista Responsiva.
O processo de desenvolvimento de uma postura crítica a partir de diferentes autores se iguala a algo mais complexo, mantendo a síndrome social como ideal, produzindo categorias, enquadres, normatizações, ajustamentos, inclusões e exclusões, norteando o senso comum.
Em uma reflexão, podemos ver como a sociedade atual percebe e utiliza os diferentes meios de se avaliar, e assim percebe-se como utilizam os resultados das avaliações, como se produz ou não, e a partir dessas respostas podemos chegar a soluções para mudarmos realmente.
Segundo a autora, ‘’No campo conceitual da avaliação só tem valor de investigação o que é útil, o que tem finalidade, o que apresenta equivalência. É desprezado, (...) aquilo que verdadeiramente tem valor para os sujeitos, mas que não é passível de mensuração, de comparação, de controle, de adaptabilidade, de ajustamento, de enquadre estatístico, de normatização.’’
Segundo o texto, as práticas avaliativas tem por objetivo o ajustamento social, que irá enquadrar seu público alvo a padrões pré-estabelecidos. Este equivoco se dá, em geral, pelo envolvimento das avaliações numa trama política, econômica, ideológica e psicológica. Além de desprezar aquilo que verdadeiramente tem valor para os sujeitos, dando valor de avaliação apenas ao que é útil, o que tem finalidade, o que representa